Jean-Jacques Bachelier | Gato Angora | 1761
"Angora Turco olhando um pássaro"
"Angora Turco olhando um pássaro"
"Turkish Angora ... o gato Bailarino!"
O Turkish Angora ou Angorá Turco, tanto por seu porte monárquico quanto por sua personalidade amigável, tornou-se rapidamente, o gato preferido da aristocracia francesa no século XV, sendo admirado e criado pelo Cardeal Richelieu, Maria Antonieta e Luis XV. O Turkish Angorá é uma raça documentada desde o século XV e estima-se que tenha sido a primeira raça de pelos longos a chegar à Europa, no final do século XVI, através das mãos de Pietro Della Valle, aristocrata italiano que ficou maravilhado com a beleza destes felinos. Um contemporâneo de Della Valle e discípulo de Galileo, o francês Nicholas-Claude Fabri, Senhor de Peiresc, também impressionado com a raça, foi o primeiro criador europeu de Angorás Turcos, já no início do século XVII. Fabri ofereceu um lindo gato branco como presente ao Cardeal Richelieu e o Turkish converteu-se em um gato muito popular entre a nobreza e a corte francesa durante os séculos XVII e XVIII. Viveu uma fase de declínio e praticamente extinguiu-se como raça no século XVII quando, após ir para a Inglaterra, auxiliou na formação do Persa, contribuindo com sua pelagem exuberante. A raça foi recuperada apenas no século XX, a partir de exemplares de toda a Turquia.
O Angorá Turco é considerado a mais antiga e rara das raças naturais, e também acredita-se que é a mais antiga raça de pêlo longo no mundo. Histórica e tradicionalmente, eram tipicamente de coloração branco puro, com olhos azuis, olhos impares e olhos cor de âmbar ou amarelados. Na Europa, quando a raça foi mostrada na primeira vez, ter um Angorá Turco branco puro era considerado um símbolo de status.
O artista Jean-Jacques Bachelier fez uma bela pintura de um gato Angorá Turco em uma de suas obras, com o nome de "O Angora turco olhando um pássaro". A raça também apareceu em muitas obras de arte do século XIX, como em uma tela de Gustave Courbet em 1855 (oficina de pintura), representando um Angorá Turco sentado aos pés do artista e sua modelo.
Os gatos também apareceram nas obras naturalistas de Linné e Buffon, que os reconheceu como uma raça própria, e chamou-lhes de "Catus Angorensis", juntamente com o gato doméstico e o Chartreux. Documentos datados de 1856, por M. Lottin de la Val, presidente da "Imperial Aclimatation Society" evocou a diversidade de cores da pelagem do Angorá Turco no país de origem da raça.
O Angorá Turco é considerado a mais antiga e rara das raças naturais, e também acredita-se que é a mais antiga raça de pêlo longo no mundo. Histórica e tradicionalmente, eram tipicamente de coloração branco puro, com olhos azuis, olhos impares e olhos cor de âmbar ou amarelados. Na Europa, quando a raça foi mostrada na primeira vez, ter um Angorá Turco branco puro era considerado um símbolo de status.
O artista Jean-Jacques Bachelier fez uma bela pintura de um gato Angorá Turco em uma de suas obras, com o nome de "O Angora turco olhando um pássaro". A raça também apareceu em muitas obras de arte do século XIX, como em uma tela de Gustave Courbet em 1855 (oficina de pintura), representando um Angorá Turco sentado aos pés do artista e sua modelo.
Os gatos também apareceram nas obras naturalistas de Linné e Buffon, que os reconheceu como uma raça própria, e chamou-lhes de "Catus Angorensis", juntamente com o gato doméstico e o Chartreux. Documentos datados de 1856, por M. Lottin de la Val, presidente da "Imperial Aclimatation Society" evocou a diversidade de cores da pelagem do Angorá Turco no país de origem da raça.
Gustave Courbet | 1854 - 1855 | Museu d'Orsay, Paris
O Angorá Turco é originario da região de Ankara, na Turquia, anteriormente conhecida como Angora, embora existam diferentes histórias sobre como ele chegou lá. A raça foi um dos alicerces para a formação de diversas raças de pelo longo, como os Persas e Maine Coons.
Os sultões turcos os enviavam como presentes aos nobres da França e Inglaterra, no século XVI. Isso até o final do século XIX, quando eles foram substituídos pelos Persas. Os Angorás quase desapareceram, se tornando raros no mundo.
O Governo turco, preocupado com o declínio da raça Angora, criou um programa de reprodução no Zoológico de Ancara com o objetivo de preservar o gato Angora branco, considerado como um tesouro e o gato nacional da Turquia. Eles concentram-se na criação dos gatos brancos de olhos impares, que é dado como um gato de boa sorte, mas tambem criam os de olhos amarelos e olhos azuis. O Zoológico mantem um plantel afim de preservar a diversidade genetica e a saude dos exemplares. Alem de manterem registros sobre tudo o que acontece com os exemplares, eles são extremamente relutantes em deixar qualquer um de seus gatos sair do pais.
Harrison Weir, uma autoridade famosa em gatos e organizador da primeira exposição de gatos no Reino Unido, no Palacio de Cristal, em 1871, descreveu o Angorá Turco em seu livro "Os Gatos e tudo sobre eles", que foi o primeiro livro sobre gatos de raça e com pedigree.
Os sultões turcos os enviavam como presentes aos nobres da França e Inglaterra, no século XVI. Isso até o final do século XIX, quando eles foram substituídos pelos Persas. Os Angorás quase desapareceram, se tornando raros no mundo.
O Governo turco, preocupado com o declínio da raça Angora, criou um programa de reprodução no Zoológico de Ancara com o objetivo de preservar o gato Angora branco, considerado como um tesouro e o gato nacional da Turquia. Eles concentram-se na criação dos gatos brancos de olhos impares, que é dado como um gato de boa sorte, mas tambem criam os de olhos amarelos e olhos azuis. O Zoológico mantem um plantel afim de preservar a diversidade genetica e a saude dos exemplares. Alem de manterem registros sobre tudo o que acontece com os exemplares, eles são extremamente relutantes em deixar qualquer um de seus gatos sair do pais.
Harrison Weir, uma autoridade famosa em gatos e organizador da primeira exposição de gatos no Reino Unido, no Palacio de Cristal, em 1871, descreveu o Angorá Turco em seu livro "Os Gatos e tudo sobre eles", que foi o primeiro livro sobre gatos de raça e com pedigree.
Primeira exposição de gatos | Palácio de Cristal | Londres | 1871
Embora fosse extremamente difícil conseguir um Angorá Turco no Zoológico de Ancara, finalmente, em 1963, um casal para reprodução foi liberado para o Sr. e Sra. Walter Grant. Este casal não tinha parentesco e tornou-se o início do programa de melhoramento genético e preservação da raça nos Estados Unidos. A fêmea era branca de olhos amarelados e chamada de Yildicek e o macho era branco de olhos impares, chamado de Yildiz. Em 1966, eles voltaram a Turquia e importaram outro casal.
A The Cat Fanciers Association (CFA) aceitou a raça em 1973, e somente a cor branca foi reconhecido naquele momento. Anos depois, em 1978, diversas outras cores foram reconhecidas pela CFA, e foram incluídas no padrão da raça. Atualmente diversas cores são admitidas (sólido, bicolor, tricolor, fumaça, silver, tabby, com exceção do ponteado e daquelas com base em chocolate, lilás, canela e fawn). As cores sólidas são o branco, preto, azul, creme e vermelho, mas a branca já foi a única aceita, tem maior tradição, é a mais procurada e valorizada. Exemplares brancos com um olho azul e outro em tom amarelado (olhos impares), são considerados símbolo nacional da Turquia. Às vezes, gatinhos brancos nascem com uma pequena pinta escura no topo da cabeça, conhecido como "Kitten caps" e que irá desaparecer completamente em alguns meses, ou até mesmo por cerca de 12 a 18 meses de idade. Essas marcas de cor e que são comuns nos filhotes brancos sólidos, estão localizadas apenas no topo da cabeça, e elas não devem ser confundidas com a marcação "Van", e não são permanentes. As pintas de cores mais escuras ou ate mesmo as manchas maiores, tendem a demorar mais tempo para desaparecer totalmente.
São gatos extremamente belos e cheios de graça, com uma forte construção muscular e com um porte de médio a grande, sendo que as fêmeas pesam entre 2,5 e 3,5kg e os machos podem atingir entre 4,0 e 4,5kg. O verdadeiro Turkish Angora tem uma aparência delicada, extremamente elegante, de movimentos suaves, cauda emplumada, pelos abundantes e beleza indiscutível. Com estes atributos, a raça é também conhecida como o "bailarino" do mundo dos gatos ou mesmo como o "gato bailarino”. A perfeita combinação destas características, aliada à extrema elegância e leveza de movimentos, chamam a atenção imediata daqueles que o conhece.
O visual do Turkish Angorá é puro luxo e sofisticação. A cabeça afilada tem formato triangular, as orelhas grandes ostentam tufos de pelo nas pontas, os olhos amendoados podem ser ambos da mesma cor ou cada um de cor diferente e são aceitos em todas as colorações. Dentre as cores dos olhos, podemos citar a azul claro, azul escuro, verde amarelado, verde, âmbar e amarelo esverdeado ou com anel esverdeado em torno da íris.
A The Cat Fanciers Association (CFA) aceitou a raça em 1973, e somente a cor branca foi reconhecido naquele momento. Anos depois, em 1978, diversas outras cores foram reconhecidas pela CFA, e foram incluídas no padrão da raça. Atualmente diversas cores são admitidas (sólido, bicolor, tricolor, fumaça, silver, tabby, com exceção do ponteado e daquelas com base em chocolate, lilás, canela e fawn). As cores sólidas são o branco, preto, azul, creme e vermelho, mas a branca já foi a única aceita, tem maior tradição, é a mais procurada e valorizada. Exemplares brancos com um olho azul e outro em tom amarelado (olhos impares), são considerados símbolo nacional da Turquia. Às vezes, gatinhos brancos nascem com uma pequena pinta escura no topo da cabeça, conhecido como "Kitten caps" e que irá desaparecer completamente em alguns meses, ou até mesmo por cerca de 12 a 18 meses de idade. Essas marcas de cor e que são comuns nos filhotes brancos sólidos, estão localizadas apenas no topo da cabeça, e elas não devem ser confundidas com a marcação "Van", e não são permanentes. As pintas de cores mais escuras ou ate mesmo as manchas maiores, tendem a demorar mais tempo para desaparecer totalmente.
São gatos extremamente belos e cheios de graça, com uma forte construção muscular e com um porte de médio a grande, sendo que as fêmeas pesam entre 2,5 e 3,5kg e os machos podem atingir entre 4,0 e 4,5kg. O verdadeiro Turkish Angora tem uma aparência delicada, extremamente elegante, de movimentos suaves, cauda emplumada, pelos abundantes e beleza indiscutível. Com estes atributos, a raça é também conhecida como o "bailarino" do mundo dos gatos ou mesmo como o "gato bailarino”. A perfeita combinação destas características, aliada à extrema elegância e leveza de movimentos, chamam a atenção imediata daqueles que o conhece.
O visual do Turkish Angorá é puro luxo e sofisticação. A cabeça afilada tem formato triangular, as orelhas grandes ostentam tufos de pelo nas pontas, os olhos amendoados podem ser ambos da mesma cor ou cada um de cor diferente e são aceitos em todas as colorações. Dentre as cores dos olhos, podemos citar a azul claro, azul escuro, verde amarelado, verde, âmbar e amarelo esverdeado ou com anel esverdeado em torno da íris.
Cor de olhos do Turkish Angora branco
olhos azuis | olhos impares | olhos amarelos
olhos azuis | olhos impares | olhos amarelos
O Angorá Turco possui um temperamento doce, amoroso e amigável, além de ser muito sedutor. São gatos muito brincalhões, desinibidos e inteligentes. Adoram ser acariciados e necessitam do convívio com o dono. Apresentam um grau de atividade alto e são muito interativos com tudo o que está ao seu redor. Adoram brincar com bolinhas, penachos, bichos de pelúcia etc. Devido a sua agilidade e movimentos leves, escala com facilidade pontos altos da casa, de onde fica a observar todo e qualquer movimento dentro do ambiente.
O Angorá Turco possui uma pelagem semilonga, de textura sedosa, preferencialmente sem subpelo e não requer cuidados especiais. Muitas vezes uma escovação semanal é o suficiente. Os banhos devem ser dados de acordo com a necessidade e usando produtos específicos, pois a manutenção da pelagem depende diretamente do ambiente em que o gato vive. A limpeza dos ouvidos pode ser feita a cada 15 dias e/ou quando se fizer necessária e o corte de unhas a cada 10 dias.
Por ser uma raça de ocorrência natural, o Angorá Turco é muito resistente e saudável. A única doença de origem genética que já foi diagnosticada na raça é a Ataxia, ocasionando a falta de coordenação dos movimentos, pois atinge a área neuromuscular e debilita a força e o equilíbrio do filhote. Normalmente estes sintomas se manifestam nas primeiras semanas de vida, não existe tratamento e é letal. O filhote que apresentar os sintomas não ultrapassa a quinta semana de vida. Não existe ainda o teste de DNA para a Ataxia e sendo assim, a unica maneira de evitar o problema é afastar da reprodução os gatos que já produziram filhotes afetados. A surdez nos gatos brancos de olhos azuis ou impares, também afeta a raça, mas é um problema que ocorre em gatos brancos de um modo geral, independente da raça. Pode ser bilateral ou unilateral. Pode ser diagnosticada com segurança através do exame de audiometria conhecido por BAER (Brainstem Auditory Evoked Response), BSER (Brainstem Evoked Response), BAEP (Brainstem Auditory Evoked Potential) ou BERA (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico), mas ainda muito pouco realizado no Brasil devido a pouca disponibilidade do mesmo. A ausência do diagnóstico preciso não é tão grave, pois o gato consegue ter vida praticamente normal, desenvolvendo outros sentidos e requerendo apenas um cuidado especial por parte do dono. Vale ressaltar que nem todo gato branco é surdo e que através de acasalamentos criteriosos, este problema pode ser evitado. Também foram relatados alguns casos de Cardiomiopatia Hipertrófica Felina (HCM), mas em um percentual muito baixo e ainda não preocupante.
Apesar de o termo angorá ter se popularizado como sinônimo de gato de pelo semilongo, a verdadeira raça Angorá, hoje batizada de Turkish Angora, é rara no mundo e, no Brasil, onde teve sua criação oficial iniciada em 2006 pela criadora Nani Mariani, de Recife, do Gatil Maragatos.
O Angorá Turco possui uma pelagem semilonga, de textura sedosa, preferencialmente sem subpelo e não requer cuidados especiais. Muitas vezes uma escovação semanal é o suficiente. Os banhos devem ser dados de acordo com a necessidade e usando produtos específicos, pois a manutenção da pelagem depende diretamente do ambiente em que o gato vive. A limpeza dos ouvidos pode ser feita a cada 15 dias e/ou quando se fizer necessária e o corte de unhas a cada 10 dias.
Por ser uma raça de ocorrência natural, o Angorá Turco é muito resistente e saudável. A única doença de origem genética que já foi diagnosticada na raça é a Ataxia, ocasionando a falta de coordenação dos movimentos, pois atinge a área neuromuscular e debilita a força e o equilíbrio do filhote. Normalmente estes sintomas se manifestam nas primeiras semanas de vida, não existe tratamento e é letal. O filhote que apresentar os sintomas não ultrapassa a quinta semana de vida. Não existe ainda o teste de DNA para a Ataxia e sendo assim, a unica maneira de evitar o problema é afastar da reprodução os gatos que já produziram filhotes afetados. A surdez nos gatos brancos de olhos azuis ou impares, também afeta a raça, mas é um problema que ocorre em gatos brancos de um modo geral, independente da raça. Pode ser bilateral ou unilateral. Pode ser diagnosticada com segurança através do exame de audiometria conhecido por BAER (Brainstem Auditory Evoked Response), BSER (Brainstem Evoked Response), BAEP (Brainstem Auditory Evoked Potential) ou BERA (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico), mas ainda muito pouco realizado no Brasil devido a pouca disponibilidade do mesmo. A ausência do diagnóstico preciso não é tão grave, pois o gato consegue ter vida praticamente normal, desenvolvendo outros sentidos e requerendo apenas um cuidado especial por parte do dono. Vale ressaltar que nem todo gato branco é surdo e que através de acasalamentos criteriosos, este problema pode ser evitado. Também foram relatados alguns casos de Cardiomiopatia Hipertrófica Felina (HCM), mas em um percentual muito baixo e ainda não preocupante.
Apesar de o termo angorá ter se popularizado como sinônimo de gato de pelo semilongo, a verdadeira raça Angorá, hoje batizada de Turkish Angora, é rara no mundo e, no Brasil, onde teve sua criação oficial iniciada em 2006 pela criadora Nani Mariani, de Recife, do Gatil Maragatos.